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DAVID COSTHA: SALVEM A ARVORE

DAVID COSTHA: SALVEM A ARVORE

Amigos...

estava andando pela Avenida do Estado mais ou menos no número 5.000, em São Paulo, pelo Fura-Fila, bem diante de ujma estação chamada ANA NEY, aquela abençoada pessoa, aquela maravilhosa e despojada mulher que viu pessoas morrendo e poucos a ajudarem e se pôz a ajudar desapegadamente, depois sendo a precursora e matrona das ENFERMEIRAS e dos ENFERMEIROS, e ví essa árvore...
eu a sentí chorando, desesperada, pois o prédio vai ser demolido e lá farão prédios.
NADA CONTRA OS PRÉDIOS...
mas e a árvore, o quê pode acontecer com ela?...passarão o machado nela, a jogarão no lixo...a plantarão em algum lugar?
...perguntas desesperadas...
estamos lutando por ela!

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E aqui, vai uma poesia que fiz á ela...em homenajem à ela...'DIZEM QUE AS POESIAS DÃO VÓZ A QUEM NÃO TEM'...então quero repassar o desespero que ELA nos passou...como que pedindo: ME AJUDEM...ME AJUDEM...ME AJUDEM...!

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LÁ EM CIMA, UMA ÁRVORE QUE CAI, CAI ???!
DAVID COSTHA

Acima daquele prédio
Ví um "sinto que tristeza"...
Numa placa se dizia:
-Vai abaixo o lindo prédio!

E com ele, aquela árvore
Que alí botarum'dia
Sem pensar na consequência
De um dia lhe tirar

Quem nos pode garantir
Se alí sentou alguém
Foi comendo belo fruto
E semente lhe deitou

E assim lhe foi nascendo
Nas alturas desse chão
Essa árvore...agora estorvo
Para o gozo de alguém

Para uns era deleite
Para outros será 'foi'
Sua sombra já sombria
Um s'imbora...um depois.

E agora indefesa
Ela sente seu pudor:
-Despencar na ribanceira
Sem poder sentir a dor!

Se pensassem nesse dia
Tão faltoso de amor
Lhe poupavam tanto vexo
Lhe deixavam de lhe por

Mas assim será um dia
Tá na placa sim senhor
Cai o prédio...cai a árvore
Que tamanho desamor!

Mas dirão...não tem problema,
Lhe arranjamos outro lugar
Sem pensar na bela vista
Que é de baixo lhe olhar

Se puderem lhe acudam
Por favor...senhor...doutor...
Não machuquem a paisagem
Num tamanho dissabor

Que tristeza que eu sinto
Lá do alto ela se vai
Lhe destinem um recomeço
Numa praça ou em quintais

Só nos poupem da vergonha
De botarem ela lá
E depois "num bom negócio"
A deixarem para trás

Não lhe encham de vergonha
Não humilhem ela não
Não pediu pra lá estar
Não lhe "arranquem" por favor!

Se de tudo não tem jeito
Com cuidado, por favor,
A transportem direitinho
Para um ninho de amor!

Lhe demonstrem bom afeto
Não lhe mostrem um machado
Lhe demonstrem humanidade
Lhe destinem um jardinaço

Eu daqui fico vistando
Com os olhos marejado
Coração tá tão cortado
Eu a sinto...tá chorando!

Um 'imploro' lhe reservo
Um futuro bem melhor
Para ela e toda gente
Que amarem essa flor!